quinta-feira, 7 de maio de 2009

Cresce em Blumenau o número de restaurantes étnicos

Apostar no diferente pode ser um bom negócio

O crescimento de uma cidade é demonstrado em vários aspectos. Entre os mais falados estão a quantidade de empregos que o local oferece, quantas indústrias existem, a movimentação do comércio, entre outros. Mas uma cidade também demonstra crescimento com muitos fatores que as pessoas não associam tão facilmente. Um deles é o número de opções que um consumidor possui na hora de escolher o que comer.
Quanto mais desenvolvida é uma cidade, maiores são as opções de restaurantes que um cidadão tem a sua disposição. Blumenau possui diversos restaurantes. Além dos tradicionais estabelecimentos como churrascarias e self-services, outro ramo vem crescendo e atraindo cada vez mais os adeptos de comer fora de casa: os restaurantes étnicos.
Abrir um restaurante por mais simples que ele seja, exige muito do proprietário. Conseguir licenças com os órgãos públicos, encontrar uma boa localização e funcionários capacitados são só alguns dos problemas a serem resolvidos. O mais difícil, porém, é se tornar uma escolha regular da população. E se isso já é complicado quando o que se oferece é algo com que o público está acostumado, se torna ainda mais quando se trata de conquistar o paladar com algo diferente.
Giovanni Sanseverino, dono do restaurante italiano Funiculí Funiculá, que está na cidade há um ano e meio, explica a dificuldade de se estabelecer por aqui. “O povo blumenauense não é aberto as novidades. Ele prefere ir para outras cidades, gastar em outros lugares que já possuem restaurantes com nome do que descobrir o que existe de bom aqui. Além disso é um povo mimado na hora de comer”.
E continua explicando porque ainda não obteve sucesso com o seu negócio. “É normal um restaurante no seu primeiro ano não conseguir ganhar muito dinheiro. Aqui ainda aconteceu a catástrofe em novembro e também a aprovação da lei seca que derrubaram o faturamento. O lucro do restaurante para se ter uma idéia, fechou só em dois mil reais no mês passado. Mas já conquistei meu público cativo que vem toda semana e a tele-entrega tem se mostrado uma boa opção para aumentar o rendimento do Funiculí”.
Depois de passada a barreira inicial de aceitação do público é possível obter como resultado um bom negócio. O restaurante Sushi Garden, de culinária japonesa, é um exemplo. Fixado em Blumenau já há sete anos, possui uma média de público mensal de mil pessoas e o faturamento gira em torno dos 40 mil reais por mês.
Jean de Jesus, o proprietário, credita seu sucesso à qualidade do serviço. “Demorou uns três anos para sermos reconhecidos. A gente se popularizou pela propaganda do boca a boca, alguém veio conhecer e contou para outro que o lugar era bom. Hoje o nosso público é super variado, mas as nossas prioridades continuam as mesmas do início: bom atendimento e excelente qualidade da comida”.

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